sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Rua sem saída



Rua sem saída
|m.a.r.c.o.s.l.e.o.n.i.d.i.o.|

Me encontro numa rua sem saída
aflita sensação de impotência
cravejada em muros altos sem vida
misturados à angustiantes ausências

Não sei se cavo um buraco no chão
e me jogo no sem fim
se relaxo e durmo eterno
se arranco do coração
todos os sons intensos de antes

Tudo findando - definhando
minha alma parece que está sendo arrancada [...]
brutalmente - sem qualquer piedade
minha essencial vida
tá sendo expurgada

Não sou poeta maldito
nem quero que minhas palavras ecoem por aí
quero somente fazê-las voar sobre o mar
quero minhas inquietudes florescendo
a cada amanhecer ou próximas a cada olhar
de quem está sofrendo

Preciso sair desse beco escuro
dessa rua sem saída
preciso iluminar meu pedaço de mundo
reconstituir belezas descontruídas

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