sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quer ser minha musa?


Quer ser minha musa?
Marcos Leonidio

Quer ser minha musa?
Então vem, vem pra cima de mim com volúpia,
tire a blusa e abra o coração!
Põe aquela música inspiradora e feche a janela
pro mundo exterior.

Se não quiser, não tem problema,
vamos pro cinema, ver nossa vida na telona,
entre uma coisa e outra, uma cena e outra,
pegamos uma praia em Ipanema.
O roteiro do filme nós terminamos entre lençóis,
abraços e outros amassos.

Quer fazer outro programa?
Vamos partir pro Nordeste,
sem tempo de volta,
vamos curtir nossa existência
antes que a vida nos conteste!
Lá seremos amantes, namorados,
homem e mulher [...]
O uniforme, os títulos sociais, os conceitos,
ficarão a léguas de distância, da nossa ânsia de viver!

Quer ser minha musa ainda?

Assim seja!
Te aceito sem qualquer contestação...
Inspira-me caminhar ao teu lado,
sem que presságios de mau agouro
atormentem nossos caminhos.
Entrelaçados seguiremos
até que os nós, tão bem amarrados, desatem
e deixem uma sombra de nostalgia a nos espreitar!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Na "veloz"cidade do tempo


o tempo contemporâneo
                                       é efêmero:
minutos passam como se fossem segundos
horas passam como se fossem minutos
dias passam como se fossem horas
semanas passam na velocidade de dias
meses são abatidos com se fossem semanas
anos passam como se fossem meses (curtos)
décadas passam na velocidade de anos
séculos são transpostos pelo galope de décadas [...]

o tempo vem, preenche as lacunas
                                                              da história
cria um imenso vazio na vida
                                     de quem não sentiu ele passar;
e sem perder o fôlego
                                recomeça tudo de novo!
                                                   tudo de novo [...]

marcos leonidio
                            

sexta-feira, 18 de março de 2011

Poema Forçado














Poema Forçado

Marcos Leonidio

Quero escrever um poema de qualquer jeito.
Mas a danada da inspiração foge de mim,
se esconde atrás de arbustos, por entre a caatinga e os cactos.
Arranho meu corpo e minh’alma, chego até mesmo a sangrar.
Ainda assim, não desisto!
A qualquer custo, vou escrever este poema,
relatando dilemas, fracassos e outros casos...

Aquilo que me atormenta, precisa ser externado
senão, engasgado, morro sufocado!